sexta-feira, 5 de setembro de 2008


Andropausa ou Climatério Masculino

As mulheres sairam na frente. Há muito tempo elas já se preparam para enfrentar e combater a menopausa. Mas os homens também podem sofrer com a baixa do hormônio masculino, a chamada "andropausa". Só que eles ainda não sabem reconhecer o problema nem lidar com ele.
A andropausa nada mais é que a diminuição da testosterona (hormônio masculino) nos homens com mais de 50 anos.
A partir dos 40 anos, a testosterona começa a diminuir cerca de 1% ao ano. Quando a taxa cai muito, alguns homens podem apresentar problemas. Neste período do envelhecimento, o homem é marcado por mudanças fisiológicas e psicológicas. Desinteresse e preguiça sexual, fadiga mental, insônia e sentimentos depressivos são alguns dos sinais do climatério masculino. O medo de enfrentar desafios, seja na vida particular ou profissional, é o mais comum de todos.
Portanto, andropausa seriam as disfunções sexuais e os problemas físicos provocados pela diminuição do nível de testosterona, que atinge homens com mais de 50 anos.
A andropausa, por maior que seja a queda do hormônio (testosterona) ela não se compara à queda dos hormônios femininos na mulher.
No homem os sintomas se instalam lento e progressivo e também, diferente da menopausa, ela não atinge todos os homens e os sintomas variam muito mais do que nas mulheres.

O hormônio masculino.

A testosterona é produzida pelas células de Leydig nos testículos que são estimuladas por hormônios produzidos por uma glândula na base do cérebro chamada Hipófise. A testosterona na adolescência é responsável pelas características sexuais:
  • Desenvolvimento do pênis,
  • Aumento dos pelos,
  • Mudanças da voz e
  • Aumento da massa muscular.
Sintomas da andropausa

Aumento da proporção de gordura corporal
Diminuição da massa muscular
Tendência à anemia
Tendência à osteoporose
Diminuição do desejo sexual
Alterações do desempenho sexual (dificuldade de ereção)
Dificuldade de concentração
Problemas de memória
Apatia e depressão


Como diagnosticar?
Deve-se fazer a dosagem da testosterona, do FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante).

Não relatei aqui como tratar, pois isso vai de paciente pra paciente, aconselho procurar um médico caso o querido amigo esteja sentindo um dos sintomas acima, esse artigo é apenas à nivel de informação

Rosane Silveira

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A TPM (TENSÃO PRÉ-MESTRUAL FAZ MESMO UMA MULHER SE FRAGMENTAR EM EMOÇÕES DAS MAIS VARIADAS, VAI DO ÁPICE AO FUNDO DO POÇO EM SEGUNDOS, EXPERIMENTA AMOR, ÓDIO, PENA DE SI MESMO SEM CONTAR OS INCONTÁVEIS DEFEITOS QUE ACHA EM SI...
AFF NINGUÉM MERECE ESSES DIAS, OS HOMENS QUE O DIGAM

DEIXAREI ABAIXO UMA CRÔNICA COM UMA VISÃO BEM-HUMORADA DE UMA MULHER NA TPM
VAMOS A ELE:


UMA VISÃO BEM HUMORADA DE COMO SE SENTE UMA MULHER NA TPM
Escolha a melhor...1)Todos os problemas misturados.
2) Tendências a Pontapés e Murros.
3) Temporada Proibida para Machos.
4) Toda Paixão Morre.
5) Tô Puta Mesmo.
6) Tocou, Perguntou, Morreu.
7) Tire a Porra da Mão
8) Tente no Próximo Mês.
9) Tempo Para Meditação
10) Tendência Para Matar
Pois é, sabe aqueles dias em que você acorda parecendo que o mundo inteiro conspira contra você, que só de teu marido te dar um bom dia já da vontade de esganar e que os problemas que ontem não afligiam hoje são insustentáveis demais pra você carregar. Ah e sem contar a bagunça pela casa que você acha impossível de conseguir arrumar, sem contar teus pensamentos que vagueiam de um lado pro outro do teu cérebro em total desarmonia com tua coordenação motora.E a lágrima que teima em cair dos teus olhos só porque a cafeteira resolveu não funcionar bem?Pois é todas nós simples mulheres, simples que nada !!! Guerreiras...isso sim, temos que enfrentar vez ou outra.Ai vem um marido meio sem graça um filho exigente, uma empregada que cisma em faltar justamente naquele dia que seria imprescindivel , que a mesma ordinariazinha não faltasse, você se vê esganando ela também e ate o gato dela e o cachorro se ela tiver.Ai você pega seu carro sai pra mais um dia de trabalho, aff !!! Mal sai da garagem e já vem um engraçadinho passando correndo pra você não atropelá-lo – será que ele pensa que você é tão ruim de roda, que só porque tem mulher no volante ele já acha que é perigo constante! Quase pode até ser, se essa mulher estiver com a tal famigerada TPM – mataria ele também. O trânsito caótico, você logo pensa - como tem homem ruim de roda, da vontade de ter um carro de James Bond só pra sair voando ou por debaixo d’água. Que James Bond que nada com seu senso de autocrítica aguçado e seu temperamento exigente não haveria espião sensual nenhum que desse jeito nessa manhã enfadonha que por certo culminaria num dia mais enfadonho ainda.Chega no trabalho com uma vontade de ser a “mulher invisível” passa querendo ser desapercebida por todos, nesse dia tão ruim parece que colocou um vestido de gala vermelho de lantejoulas aindaTodo mundo resolve parar pra falar com você, hummm que assuntos chatossssss você pensa...Quando pensa que conseguiu se livrar daquela turminha do bate-papo do café eis que surge teu pior iminigo – teu chefe. Ah , não...ele sempre chega tarde por que justo naquela manhã em que você atrasa ele chega antes de você ? Vou esganá-lo também você logo pensa. Só até aqui você teria cometido seis assassinatos, seis !!!Mal teve tempo pra decidir como faze-lo ele a chama em sua sala, ai minha amiga...tudo pode acontecer, enquanto ele esta falando você se imagina fazendo ele engolir o grampeador pra fechar bem aquela boca enormeee dele ou então olha meio que despretensiosamente a janela imaginando joga-lo do décimo sexto andar e ai vem a pior parte sua cabeça começa a latejar a medida que ele vai falando e você não agüenta e se vê, gritando – pára!!!! E se ve saindo correndo daquele que naquele momento seria teu pior pesadelo...Passados esses momentos de total desespero alienatório. Você regressa para seu lar, ahhhhhhhhhh lar calmo e tranqüilo onde tem certeza irá repousar nos braços da paz.Mas perai aquela casa em que você saiu hoje pela manha jurando matar o marido, a empregada, o gato e ate o cachorro da infeliz?È, essa mesmo...aff!!!Quando se dá conta, seu carro já esta entrando na garagem e se prepara, estufa os peitos e entra...pra mais uma batalha – a do lar.Eis que chega em casa encontra um silencio mordaz. Se surpreende!!!Afinal, onde estão todos?Seu pensamento vai retomando a normalidade a medida em que o silencio se completa e se instala na casa. Não tem ninguémmm!!!Teu marido deixou um bilhete afetuoso na cozinha dizendo que foi levar o filhão pro futebol e dizendo que tinha uma bela lasagna no microondas e barras de chocolates enormes no criado mudo perto de sua cama e ainda deixou dois bons filmes bem românticos pra que pudesse assistir. A bagunça da casa? Ahhhhhh precisava ver, estava arrumadinha, o maridão havia contratado uma diarista só pra não ver sua carinha de desesperada. Quando chegou ao quarto a banheira de hidromassagem estava com água temperada pra aquele gostoso banho com sais e você iria enfim ter a paz tão almejada desde aquela fatídica manha...Eis que você acorda!!!Aff !!!!!Ah não, era tudo um sonhooooooooooooooooo ACORDOU realmente aborrecida e foi pra mais um dia de luta contra sua tão famigerada TPM.

INFORMO AOS VISITANTES DESSE CANTINHO, VÊ BEM O QUE VAI DIZER NOS COMENTÁRIOS POIS ESTOU NA TPM, PORTANTO TODO CUIDADO É POUCO. RSRSRSRSRSRSRSRS


ROSANE SILVEIRA

A menina dentro da mulher

Estava agora a pouco rebuscando em minha mente o que escrever e comecei a ler meio que desinteressada um artigo sobre relacionamentos entre homens e mulheres e falava de uma mulher de seus cinquenta e poucos anos que tinha um relacionamento com um homem mais novo.
Confesso que me emocionei com ele talvez por que hoje eu tenha amanhecido sensível ou por que talvez eu tenha visto naquela mulher um pouco de mim, de meus sonhos, minhas alegrias perdidas. Sei lá.
Acho que o fato de ter chegado aos quarenta, está começando a mexer e muito com minha cabeça – preciso de um analista!
Mas o importante de toda essa experiente e proveitosa leitura, foi a grande lição que tirei que dentro de toda mulher, seja ela da idade que for, tem uma menina.
Quando somos meninas, temos sonhos de meninas, queremos ter um amor pra vida toda, casar na igreja com uma festa de casamento cheia de pompas e circunstancias ter uma aliança de compromisso.
Sonhamos quando menina com coisas assim e em um determinado momento de nossas vidas começamos a repensar esses valores e começamos a viver uma realidade diferente, o amor não era pra “tão” toda vida assim, festa de casamento... nem todas tem condições de faze-la e quando o casamento acaba? O que sobra?
Sonhos frustrados de uma menina que agora é uma mulher dita “descasada”. Viemos de uma geração que respeitava mais o ter que o ser e felizmente, isto está mudando.
Hoje em dia pra nós mulheres não nos interessa se carregamos em nós título de “esposas” ou qualquer coisa que valha hoje estamos interessadas na ebulição dos sentimentos loucos que tomam a gente de assalto quando encontramos alguém, alguém que se importa com a gente pelo que somos que nos deixa desequilibradas em nossos saltos quando o telefone toca e o coração dispara na iminência de ser ele ou quando ele liga no meio da tarde só pra dizer que tem saudades... quando convida pra um jantar meio que despretensioso no meio da semana.
Mas, voltando à menina – mulher, essa menina ainda cultiva seus sonhos, mas de outra forma. O que sonhamos hoje não é com uma união de compromissos, mas com uma união de almas. Isso é amor com ou sem margem de segurança de que o outro estará acordando do seu lado no outro dia. Porque tudo, tudo mesmo pode acontecer, podemos nos permitir e nada é garantido a não ser o amor.Amar é para poucos, mas eu acredito que amar é para todos. Basta que nos permitamos isso, basta que saibamos quando é o verdadeiro amor e que seja infinito enquanto dure...como dizia o poeta.


Rosane Silveira

AUTOFLAGELO E DEPENDÊNCIA AFETIVA



(... o medo de amar é o medo de ter que a todo o momento escolher com apreço e precisão a melhor direção...).

Será que estamos na direção certa em um relacionamento amoroso?
Será que não estamos nos doando mais do que recebendo?
Será que não estamos abrindo mão demais de nosso espaço em detrimento do outro?
Será que não estamos dando mais atenção, carinho e toda gama de entrega do que recebendo?
Será que estamos realmente felizes em tentar primeiramente fazer o outro feliz?
Será que...?
Sempre o famigerado será que?
É questões como essa que precisam ser levantadas quando começamos a nos sentir em desvantagem em uma relação, relação essa que deixa de ter dois lados iguais e a balança começa a tender mais pra um lado do que pro outro.
Creio que a balança tem que estar em nível estável de comprometimento, entrega igualdade de valores e sentimentos pra que tudo saia da melhor forma possível em um relacionamento.
A velha história do “eu amo por nós dois” ou “eu tenho tanto amor que dá pra eu e você” ou “você é importante demais pra mim” ou até mesmo a celebre frase “eu não vivo sem você” tem que começar a ser avaliado sob um prisma mais realista. Acabamos por achar que o nosso amor realmente é grande o bastante pra ser amor de um só e acabamos por acreditar que realmente aquela pessoa é de tal importância que morreríamos sem ela e ai começamos numa entrega de um só, onde começa haver as tais cadeias invisíveis e dependências afetivas.
Penso que a dependência afetiva é tão ou mais nociva que a dependência química

Vamos aceitar o fato de que a escolha entre a relação saudável ou um punhado de migalhas está em nossas mãos. Não repassemos a ninguém à responsabilidade de fazermos a nossa escolha... A nossa história!
Não repassemos o outro a responsabilidade pela nossa felicidade. Muitas das vezes vivenciamos uma relação desgastada e fora de propósito por uma série de fatores, menos pelo mais importante nosso amor – próprio.
Seguramos uma relação fracassada por vários fatores entre eles medo de solidão, interesses familiares e financeiros e isso não é bom. Sempre temos uma desculpa pra manter tal relacionamento destrutivo e doentio.
Já ouvi frases do tipo: “eu não largo meu marido por causa da casa”, também já ouvi “eu não largo por causa dos meus filhos”, já ouvi também “aturei o pior dele, porque vou largar o osso agora que ele está melhor” e assim as pessoas vão vivendo uma relação doentia e desprovida de prazer e sentimento real.
Temos que quebrar os grilhões que nos prendem a essa situação de fracasso. Focalizar nossa mente no futuro, um futuro livre de amarras de si mesmo.

Ir em frente, libertar-se e tentar fugir dessas cadeias que tanto nos aflige e nos destrói e aniquila o que de melhor temos: que é o poder de amar e a liberdade de entrega, mas principalmente liberdade de ser amado e de receber do outro o melhor que ele tem pra nos oferecer – ele mesmo, de forma plena, uma entrega total onde todos ganham.
Rosane Silveira

ROSANE SILVEIRA

SERIA O HOMEM A SOBREMESA?

Seria o homem a sobremesa?

Sempre gostei muito de ler, desde tenra idade que a leitura me acompanha, alguns livros ficaram marcados em minha memória poderia citar aqui vários livros de poemas, alguns de auto – conhecimento, mas o que mais me chamou a atenção foi um livro que minha tia me falou intitulado “O homem é a sobremesa”, o que facilmente foi encontrado na biblioteca de minha cidade na época, por volta dos dezesseis anos achava que tinha um mundo inteiro aos meus pés e achava também que já sabia de cor e salteado todo o contexto daquele livro afinal, temos a certeza de que sabemos tudo e nada é inexoravelmente mutável.
Há alguns dias atrás me deparei com esse livro novamente (hoje aos quarenta anos) achei interessante relê-lo, porém hoje com uma ótica mais madura à cerca dos temas expostos e das conclusões tiradas, diga-se de passagem, bem diferente das conclusões tiradas aos dezesseis.
O livro trata com propriedade da liberação e libertação feminina dos padrões morais e éticos da época, fala claramente do poder da mulher de libertar-se e livrar-se dos grilhões que a prendem a seus maridos, fala também e principalmente do tratamento que o homem tem que ter, inclusive nos fala em alto e bom som “trate seu homem como sobremesa e não como o prato principal”; ora será mesmo que em pleno século XXI onde as mulheres estão em pé de igualdade com seus homens, com a liberação sexual onde a mulher pode claramente dizer se está sendo satisfeita sexualmente ou não, sem se preocupar se o marido, namorado ou amante vai acha-la fácil quando pedir essa ou aquela posição sexual porque lhe dá mais prazer precisamos mesmo dizer que o homem é a sobremesa? Hoje eu afirmo categoricamente O HOMEM É O PRATO PRINCIPAL SIM e como tal tem que ser tratado, bem feito, bem trabalhado, bem cuidado e principalmente bem degustado até sua última gota ou seria garfada rsrs? Sei que algumas vão discordar de mim, mas sabemos que hoje o relacionamento baseia-se principalmente na troca, no compartilhar de idéias, de conhecimento, de entrega e de amor mútuo e principalmente respeito e admiração, não conseguimos amar alguém que não admiramos.
Não conseguimos sequer compartilhar de algumas horas de conversa com alguém que não nos acrescente algo e graças a Deus hoje podemos dizer tão somente, não quero mais... e recomeçarmos nossa busca novamente por alguns momentos de felicidade ou muitos momentos de felicidade. O homem se torna o prato principal à medida que ele se preocupa com nosso bem estar, liga no dia seguinte, diz que você está bela mesmo depois de ter lavado os cabelos e estar completamente sem maquiagem e ainda com uma toalha enrolada na cabeça. O homem é o prato principal da mulher que sabe dar valor a uma boa relação que acredita piamente que ninguém é feliz sozinho e ai, juntos, não terão só um prato principal e sim um banquete de realizações, satisfações, mas principalmente amor próprio e admiração sendo compartilhados por ambos.
Então levando em consideração tudo isso, após fazer esse artigo peguei o tal livro que dizia que nossos homens são sobremesas e joguei no lixo rsrs.



ROSANE SILVEIRA

O Ponto “G” da Alma Feminina


Muito se fala do ponto “G” em uma mulher, muito se fala da necessidade de orgasmos intensos e os homens cada vez ficam mais preocupados em descobrir nas mulheres o ponto “G” aquele “lugarzinho” que faz com que o homem se sinta realizado em seu ego e a mulher mais “mulher” porque finalmente “gozou” intensamente em uma relação sexual.
Pois eu venho falar aqui hoje de algo muito mais importante do que a descoberta do ponto “G” sexual, é o ponto “G” da alma, isso mesmo, da alma e principalmente do gozo da alma...
E hoje eu venho falar aqui do ponto “G” da minha alma e acredito de tantas outras mulheres e dizer o que queremos não em uma relação de corpos, mas em uma relação de almas.
Queremos mais amor que sexo, mais entrega do que destreza em saber lidar com um mapa de localização, queremos homens sensíveis que se comovam com um filme, queremos homens que depois de um almoço de domingo, não se deite no sofá apossando - se do controle-remoto e a partir dali faz com que tudo gire em torno dele, pelo menos é isso que ele pensa...
Queremos homens que se fragiliza, que se descobrem errados e aceitam tal fato como algo normal e não como uma derrocada final.
O amor hoje está deixando muito a desejar, o amor já teve um toque de sagrado, já foi um desafio do dia-a-dia que nos tirava da vida comum.
Não existe mais amante morrendo de solidão, nem pactos de morte. Não há mais amores que nos remetem a um passado nem nos leva ao futuro com a mesma rapidez. O amor tinha uma fome de compaixão pelo outro, de proteção à pessoa amada e isso está acabando.
Os momentos atuais aceleraram o amor, o amor perdeu seu mistério impalpável. Hoje infelizmente temos “controle” sabemos onde nosso amor vai dar, antes mesmo de começarmos a amar. O amor perdeu a gratuidade, as pessoas hoje “amam” por desejo de terem um amor que não sentem mais.
Fala-se de amor em tudo... A palavra amor tornou-se frívola quase um palavrão...
Tenho observado que até a publicidade está deixando a palavra “amor” usual demais.
Ouve-se falar no sabonete que faz amar, na cerveja que seduz sem contar que há uma obscenidade flutuando no ar o tempo todo, uma propaganda ao sexo fácil (deixando de lado o amor) há uma comercialização sexual nas propagandas de lingeries, colocam mulheres submissas a seus homens e “objetos” de desejos mais do que secretos.
Fazem apologia ao sexo fácil e incansáveis com Super – homens e super mulheres. Como atingir um orgasmo pleno e definitivo?
A sexualidade é finita, não há mais o que inventar. Já o amor, não... O amor a meu ver vive incompleto e esse vazio justifica a poesia da entrega. O ser impossível é a grande beleza do amor. Claro que o amor também é feito de egoísmos, narcisismos, mas, ainda assim, ele busca uma grandeza – você pode observar que mesmo no crime por amor há um terrível sonho de plenitude. Amar exige coragem, e hoje somos todos muito covardes.
O amor hoje deixou de ser entrega virou domínio público, objeto de consumo, entre os famosos, o amor não dura mais do que uma novela... Logo estão amando novamente e dizem-se amando para sempre... e esse sempre é tão curto...
Falo por muitas mulheres, estamos com fome do amor cortês, num mundo em que tudo perdeu a aura do encantamento. Estamos desencantados, vemos mulheres amontoadas em sites da internet onde “se compra entrega e uma noite de amor” através de um número – basta clicar e chamar. Estamos com sede de infinito em tudo, no amor, na vida em nós...
Temos saudade de algo que não sabemos o que é. Sentimos saudade do que não somos mais ou do que nunca fomos, somos nostálgicos do que não vivemos... ou se vivemos esquecemos em meio a tanto bombardeio de amores volúveis...
· Tem um texto que complementa esse artigo e acho intenso e lindo:
“O melhor de tudo é que, mesmo sem entender, se encostarmos o ouvido na terra, no tronco da árvore, no peito do amado, na cabecinha de uma criança ou no silêncio de uma noite muito escura, a gente vai escutar um rumor. Sem palavras, sem significados. Mas semelhante à arte – querendo tocar o sagrado. Porque tanto a arte como o sagrado busca o essencial, o silêncio, a imobilidade da alma, a essência de cor.”
D.a.

Sem mais...

Rosane Silveira